Aos vivos imunidade, aos mortos reverência.

Ou, o luto necessário.

Ruas e lojas abarrotadas de gente. Nas redes sociais, pessoas declaram que não querem abrir suas páginas e encontrar números de óbitos. No Facebook, quanto mais grave a situação fica, mais surgem brincadeiras bobinhas, para nos distrair.

Posso entender. Vivemos momentos difíceis. Mas precisamos falar dos números, precisamos exigir transparência nas informações. Óbitos são registrados em cartórios, como os nascimentos. São verdades registradas! Não fuja, olhe! Sinta. São milhares de vidas perdidas lá fora. Precisamos olhar para os gráficos, as curvas, os mapas. Precisamos nos indignar, para termos motivos para ações e reações assertivas. Precisamos enterrar nossos mortos dignamente. Vidas importam, todas as vidas!

O luto dói, é escuro. Mas o buraco onde muitos estão escondendo suas cabeças também é.escuro e asfixiante. Não agir ou agir de forma egoísta,, neste momento, é contagiante e pode matar!

Mas quero falar também de imunidade, o escudo alquímico que carregamos. O convite hoje é, encararmos a dor e a escuridão com a Luz e o Calor do Humano que há em nós.

O inverno está chegando e com ele as noites mais longas e escuras do ano, no Hemisfério Sul. Nossas Festas Juninas são reminiscências de celebrações ancestrais do Solstício de Inverno. Na noite escura da Terra, olhamos para a Luz das Estrelas, para encontrarmos a Luz do nosso próprio Ser. Acendemos lanternas e fogueiras. Cantamos e dançamos o dom da Vida. Hoje somos chamados para a celebração interna dessa Festa – para nos fazermos Luz, Calor e Força – enfrentando, como Humanidade, a longa noite da Pandemia. E no plano individual, alimentarmos nossa Luz, com Coragem e Compaixão, fortalecendo nossas defesas Físicas, Anįmicas e Espirituais.

Fique em casa.

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